O Homem do Prédio ao Lado

O Homem do Prédio ao Lado

abril 24, 2025

                   O Homem da Janela


                    A Família Morais 


- Helena Morais (46 anos) – Empresária bem-sucedida do ramo de cosméticos, divorciada, mãe dedicada mas workaholic. Sempre viaja a trabalho e confia que os filhos ficam bem sozinhos.  

- Daniela "Dani" Morais (24 anos) – Filha mais velha, estudante de medicina, racional e cética. Não acredita em "assombrações", mas começa a questionar sua sanidade quando percebe que alguém está mexendo em suas coisas.  

- Sofia Morais (17 anos) – Adolescente rebelde, vive no celular, posta tudo nas redes sociais. É a primeira a notar que um perfil fake está comentando em suas fotos com mensagens perturbadoras: "Você fica linda quando dorme."

- Pedro Morais (11 anos) – O caçula, chamado carinhosamente por todos de "Pedrinho", sensível e imaginativo. Desenha um homem alto de olhos escuros e diz que ele "conversa" com ele à noite. Todos acham que é só fantasia… até os desenhos começarem a prever coisas que ainda não aconteceram.  

O Pai: Ricardo Morais, ex-marido de Helena, vive em Manhattan com a nova família. Ele manda mensagens raras e está distante, mas quando os eventos sobrenaturais se intensificam, Dani considera ligar para ele… será que ele sabe algo que eles não sabem? 


            O Mistério do Vizinho

Os Sinais:

- Para Dani: Seu caderno de anatomia aparece aberto em páginas que ela não estudou, com desenhos perturbadores de corpos deformados.  

- Para Sofia: As mensagens do stalker evoluem para áudios sussurrados, com a voz dele imitando… a voz do seu pai.  

- Para Pedrinho: Ele acorda chorando, dizendo que o homem da janela entrou em seu quarto e sussurrou o nome verdadeiro da mãe (que ninguém usa).  

- Para Helena: Ela volta de uma viagem e encontra o apartamento perfeitamente arrumado… mas com um cheiro estranho de perfume barato, igual ao que a mãe dela usava antes de morrer.  

A Investigação:

Quando contratam um detetive particular, ele descobre que o prédio vizinho teve um incêndio 20 anos atrás, e uma família morreu lá. O mais chocante? A mãe daquela família se chamava Helena, e o único sobrevivente foi o filho mais novo… que desapareceu.  

A Revelação:

O "vizinho" não é um stalker comum. Ele não está vivo. E pior: ele acredita que esta é a sua família, e quer levá-los para "casa". 

Clímax Ainda Mais Intenso:

Quando a família tenta fugir, percebem que todas as portas e janelas estão trancadas por dentro. As luzes piscam, e no espelho do corredor, uma frase aparece escrita no vapor:  

"Vocês já deviam ter voltado."

E então… a voz do pai de Pedrinho ecoa no apartamento, mesmo ele estando em Nova York.

                     O Dia Seguinte

     Um Dia Qualquer na Casa dos Morais 

Manhã:

O apartamento acorda banhado pelo sol forte de São Paulo, mas o clima está... pesado.  

- Helena toma café antes de sair para uma reunião importante, mas percebe que sua xícara favorita está quebrada no fundo da pia – e ninguém admite ter feito isso.  

- Dani revisa anotações para uma prova, mas encontra uma página rasgada no seu caderno de anatomia. Desenhado à mão, no canto, está um rosto deformado com olhos vazios.  

- Sofia recebe uma notificação de um número desconhecido: uma foto dela dormindo, com a legenda: "Você rouba meu ar quando ronca."  

- Pedrinho insiste que viu o "homem da janela" dentro do banheiro de manhã, mas a porta estava trancada quando Dani foi checar.  

Tarde: 

- Helena recebe um e-mail do condomínio: o prédio vizinho está oficialmente desocupado há anos. Nenhum morador tem autorização para entrar. (Então quem acende aquela luz à noite?)  

- Dani, irritada, decide confrontar o síndico. No elevador, sente um sopro gelado atrás do pescoço. Quando as portas se abrem, o corredor está escuro, apesar de ser dia.  

- Sofia, para provar que é tudo paranoia, filma o apartamento vazio do vizinho com o celular. Na reprodução, há um vulto atrás da cortina – mas na hora, ela jurou que não viu nada.  

- Pedrinho desenha um homem de terno preto em sua aula de arte. A professora elogia, mas pede para ele não usar tinta vermelha nos olhos de novo.  


                Noite (O Terror Cresce): 

- Durante o jantar, todas as luzes piscam. Quando voltam, há uma xícara de chá fumegante na mesa... mas ninguém a colocou lá.  

- Helena atende uma ligação: é o número do ex-marido (Ricardo), mas a voz do outro lado sussurra: "Por que você me trocou por eles?" – e a chamada cai. Ricardo jura, depois, que não ligou. 

- Pedro some por 10 minutos. Encontram-no no quarto, encarando fixamente a janela aberta. Quando questionado, ele diz: "Ele prometeu que não ia machucar... só queria mostrar o caminho de volta." 


              Final da Cena (Cliffhanger):

Antes de dormir, Dani tranca a porta do apartamento pela primeira vez. Mas quando vai escovar os dentes, ouve arranhões suaves na madeira. E do lado de dentro.

No dia seguinte, já após o café da manhã...


          A Perseguição no Supermercado

   Um hipermercado movimentado na Avenida Paulista

- Helena está com Pedrinho fazendo compras quando o garoto insiste que viu o "homem de terno preto" no corredor de enlatados.  

- Ela ignora, até que uma lata cai sozinha do alto de uma prateleira, quase acertando sua cabeça. No chão, as letras das embalagens formam: "VOLTE PARA CASA".  

- Quando fogem para o estacionamento, o carro dela não liga, e no retrovisor, um vulto se aproxima... mas some quando um cachorro (um Pastor Alemão inteligente chamado Thor) late furioso para o vazio.  

(Thor pertence ao segurança do mercado, Seu Geraldo, um homem velho e sábio que mais tarde revela: "Esse mal não é novo... ele espera há anos.") 


          Visita à Casa dos Amigos  

- Helena vai, com suas duas filhas e seu filho caçula, visitar um casal de amigos, Carmem e Marcos (casal de amigos da Helena, donos de uma casa antiga no Jardim Europa) e 

 sua filha Luciana (Lucy), 16 anos, amiga de Sofia. Ela leva Thor, a pedido dos amigos, que ficaram curiosos em conhecer o heróico cão.

- Durante um jantar, a luz apaga e Pedrinho some por 5 minutos. Encontram-no no sótão, conversando com um espelho coberto por um pano negro. Ele diz: "O senhor me chamou. Disse que a mamãe esqueceu uma promessa."

- Thor (o cachorro, que Helena adotou após o incidente no mercado) rosna para o espelho, e arranhões antigos são revelados sob o pano.  

- Seu Geraldo aparece misteriosamente na porta dos amigos (como ele sabia o endereço?) e avisa: "Ele usa espelhos como portas. Fechem-nos todos."


    O Homem Sábio e o Cachorro Protetor

- Seu Geraldo é um ex-investigador paranormal que perdeu a família para a mesma entidade. Ele dá à família um sino de prata (para detectar presenças) e ensina Pedrinho a desenhar símbolos de proteção nas portas.  

- Thor late sempre que o "homem" está por perto, mas começa a agir de forma estranha: às vezes fica hipnotizado, olhando para um canto vazio e choramingando.  


               O Ataque no Elevador

- Dani fica presa no elevador com uma senhora idosa. Quando as luzes falham, a velha sussurra: "Ele adora crianças... principalmente as que veem mais do que deviam."

- Ao sair, Dani percebe que a idosa não estava no prédio. A câmera de segurança mostra ela sozinha, mas... há uma sombra atrás, segurando sua mão.  


                O SACRIFÍCIO DE THOR

Onde: No apartamento da família, durante uma noite de tempestade.  


O Terror: 

- A energia acaba (de novo), e Pedrinho é atraído até a cozinha por uma voz que imita a voz da mãe. Lá, a janela está aberta, e o homem de terno está agora dentro de casa, segurando uma foto antiga de Helena grávida (que ninguém conhece).  

- Thor avança, rosnando, mas o homem sussurra algo em um idioma estranho, e o cachorro congela, com os olhos ficando totalmente pretos.  

- De repente, Thor se joga contra o invasor, mordendo seu braço – que se desfaz em fumaça –, mas é arrastado para a escuridão do corredor por algo invisível.  

- Pedrinho grita, e a família corre para o corredor... mas só encontram a coleira de Thor no chão, ainda quente.  

- Seu Geraldo, que apareceu do nada (como sempre), diz: "Cães veem o que nós não podemos. 

Ele encontrou tempo para salvar a todos vocês... mas não para salvar a si mesmo."


A Esperança:

- Na manhã seguinte, um uivo ecoa no prédio vizinho. Dani olha pela janela e vê Thor, fraco mas vivo, no telhado do prédio abandonado. Ele traz algo no focinho: um botão de terno negro, manchado de sangue seco.  

(Ou seja: Thor voltou, mas trouxe um sinal de que o homem da janela é... humano demais para ser só um fantasma.)

Dias depois...


       "O DIA NA PISCINA QUE NINGUÉM ESQUECERÁ" 

Local: Cobertura luxuosa do prédio dos Morais (Jardim Paulista), com vista para o prédio abandonado. 


                 O Convite Inesperado

- Lucy (a amiga de Sofia) aparece de surpresa, convidando todas para um "dia de relaxamento" na piscina. "Precisamos esquecer esse negócio de fantasmas!", ela diz, mas...  

- Thor (o cachorro) rosna para Lucy quando ela entra no apartamento. Pedrinho sussurra: "Ela cheira igual ao homem da janela."


                   O Terror na Água

- Enquanto Helena descansa sob o guarda-sol, Dani nota que a água da piscina está estranhamente gelada no fundo, mas fervendo perto das escadas.  

- Sofia e Lucy mergulham, mas quando voltam à superfície, o cabelo de Lucy está coberto de algas negras (que não existem na piscina tratada).  

- Pedrinho se recusa a entrar na água: "Tem mãos debaixo do azulejo! Elas querem me puxar!" Todos riem... até verem arranhões frescos no fundo da piscina.  


                  O Lanche Maldito

- No buffet, todas as frutas estão podres (mesmo tendo sido compradas na manhã). Lucy mastiga uma uva e cospe... um dente humano.  

- Thor late para o elevador de serviço, onde uma figura corcunda some rapidamente. 


        O Telefonema da Loja Sinistra

- O celular de Helena toca: "Loja Jardim das Sombras, como posso ajudar?" Uma voz de homem idoso, rouca e arrastada, como se falasse debaixo d'água.  

- Quando Helena pergunta como conseguiram seu número, a voz responde: "Você nos deu seu número, dona Helena. Em 1989." Ela desmaia. 

(Detalhe: Helena tinha 9 anos em 1989. E a loja não existe no Google.) 


            "O SUSSURRO QUE MUDA TUDO"

- Lucy sussurra para Sofia: "Seu Geraldo mente. A única saída é ir até a loja."

- O tom dela não é mais humano — parece ecoar, como se várias vozes falassem ao mesmo tempo.  

- Thor, os pelos arrepiados, avança, mas Lucy sorri com os lábios cerrados... até que um sangue negro escorre de seu nariz. Sofia grita.  

E assim, a cena termina com:

"Foi ali que entendemos: Lucy não era mais Lucy. E a loja... a loja era o próximo passo."


             O QUE ISSO TUDO SIGNIFICA?

- Lucy está possuída? Ou será que ela sempre foi parte do jogo?  

- A Loja Jardim das Sombras é um portal? Um culto? Ou a casa do corcunda que observa a família?  

- Por que 1989? O que aconteceu com Helena na infância?


      A Visita à Loja Que Não Existe  

A madrugada cheirava a terra molhada e gasolina velha quando Helena, Dani e Seu Geraldo pararam diante do endereço da Jardim das Sombras. Durante o dia, era só um terreno abandonado com um poste quebrado. Mas agora...  

— A loja só aparece para quem está marcado — Seu Geraldo apertou o sino de prata no bolso, fazendo-o tilintar levemente. — E você, Helena, está marcada desde 1989.

O prédio surgiu como um vulto: paredes de tijolos descascados, vitrines empoeiradas exibindo vasos com terra de cemitério e tesouras de poda enferrujadas. A placa balançava com um rangido que parecia dizer "Entre...".  


             O Corcunda e o Segredo

Dentro, o ar era denso, cheio do cheiro de flores murchas e carne crua. O balcão estava vazio, mas então...  

— Dona Helena. — A voz veio de trás das prateleiras. O corcunda emergiu devagar, seus ossos estalando como galhos secos. Seus olhos eram desproporcionais, um maior que o outro, e suas mãos tinham unhas longas e negras.  

— Você voltou para pagar sua dívida — ele sussurrou, estendendo um papel amarelado. Era um contrato infantil, rabiscado com o nome "Helena Morais, 9 anos", e uma única linha:  

"Prometo dar o que ele quiser, quando ele voltar." 

Helena sentiu as pernas fraquejarem. Ela não se lembrava. Mas seu corpo lembrava.


             O Que Está Nas Prateleiras?

Enquanto isso, Dani vasculhava a loja. Algumas descobertas:  

- Um vaso cheio de dentes humanos (o mesmo que Lucy cuspiu na piscina).  

- Fotos antigas de crianças sorridentes, todas com um X vermelho nos olhos.  

- E então... um registro de 1989: uma lista de nomes. O último era "Ricardo Morais" (o ex-marido de Helena).  

— Pai? — Dani engasgou.  

O corcunda riu, um som úmido. — Ele foi o pagamento antes de você. Mas fugiu. E agora... — Seus olhos piscaram para Helena. — Você tem três filhos para oferecer, não tem?


             O Escape (Quase) Impossível

De repente, Thor irrompeu na loja, latindo como um demônio. Seu pelo estava arrepiado, e seus olhos brilhavam no escuro. Ele mordeu o tornozelo do corcunda, que gritou em uma língua que não era humana.  

— CORRAM! — Seu Geraldo empurrou Helena e Dani para a porta. Mas quando olharam para trás...  

A loja já não estava mais lá. Só o terreno vazio, e no chão, uma única rosa negra, com um cartão:  

"Até amanhã, Pedrinho."


                O QUE ISSO REVELA? 

1. Helena fez um pacto na infância (inocente? Sob coação?) para salvar alguém.  

2. Seu ex-marido Ricardo estava envolvido — e fugiu do pagamento.  

3. Pedrinho é o alvo final — mas por quê? Será que ele não é exatamente humano?)  



        O DIÁRIO DA VOVÓ E A LUA QUE SE APROXIMA 

O apartamento dos Morais cheirava a velas de igreja e alfazema – a combinação desesperada de Helena para afastar o que quer que estivesse vindo. Enquanto ela revirava o baú de memórias no sótão, Pedrinho ficava colado à janela, observando o prédio abandonado.  

— Ele tá lá de novo — o garoto murmurou, os dedos deixando marcas de suor no vidro. — Mas hoje... tem mais gente com ele.  

Dani se aproximou e quase gritou.  

Na janela escura do prédio vizinho, três vultos agora observavam:  

1. O Homem de Terno (sempre imóvel). 

2. Uma Mulher de Vestido Branco (com a barriga rasgada).  

3. Uma Criança (que acenou para Pedrinho, sorrindo com a boca cheia de agulhas).  


             A DESCOBERTA NO SÓTÃO

Helena encontrou o diário da avó escondido atrás de um tijolo solto. As páginas fediam a mofo e sangue seco. A anotação decisiva:  

"Para quebrar um pacto, três coisas são necessárias:

1. O objeto dado ao demônio (no seu caso, a boneca de porcelana). 

2. O sangue de quem assinou (você, Helena).

3. E... algo que o demônio NÃO quer que você saiba.

No seu caso, ele esqueceu de uma coisa: você nunca esteve sozinha naquela noite."

— O que isso significa? — Sofia arrancou a página, mas as letras reorganizaram-se sozinhas, formando agora:  

"Pergunte ao cachorro. Ele viu."


       THOR, A TESTEMUNHA SILENCIOSA  

O pastor alemão estava diferente desde a noite na loja:  

- Só latia para o espelho do corredor (onde, às vezes, um vulto de criança aparecia).  

- Recusava comida, mas trazia ossos humanos para Pedrinho (onde ele os achava?).  

- E agora... falava. Pelo menos, quando só Helena estava presente.  

Naquela noite, ele colocou a pata no diário e sussurrou:  

— Você tinha uma irmã. Ele ficou com ela. E agora quer trocar: Pedrinho por ela. 

Helena lembrou-se então: a "amiga imaginária" da infância, Lúcia. A que ninguém mais via.  


            A ÚLTIMA CARTA DE RICARDO 

Enquanto isso, Dani vasculhava os e-mails do pai. Na lixeira, uma mensagem de 15 anos atrás, nunca lida:  

"Helena,

Se descobrir sobre 1989, lembre-se: a loja não é um lugar. É um estado. E o corcunda não é o dono – é o próximo sacrifício. Fuja antes que Pedrinho complete 12 anos. 

P.S.: Lucy não é nossa filha."

O relógio na parede parou. Era meia-noite.  

E do apartamento vazio de Lucy (que todos juraram ter visto na cozinha), veio um riso agudo, seguido de:  

— Mamãe, você devia ter me dado um nome melhor. "Lucy" é tão... ordinário.


O QUE ISSO TUDO SIGNIFICA? 

1. Helena teve uma irmã gêmea (ou algo parecido) que foi sacrificada?

2. Pedrinho está sendo preparado para um "aniversário" macabro?

3. Lucy é uma entidade que se passou por humana, e talvez nunca tenha sido a filha do casal? Só o tempo dirá.


 A NOITE QUE NINGUÉM ESCAPARÁ

                               O SEGREDO DA IRMÃ PERDIDA

Helena cai de joelhos diante do espelho do corredor, onde Thor insiste em latir todas as noites. Com um pano embebido em sálvia e álcool (como o diário da avó ensinava), ela esfrega o vidro até que...

— Lúcia? — O nome escapa de seus lábios como um suspiro enterrado há 30 anos.

No reflexo, uma garotinha de vestido amarelo aparece atrás dela, segurando uma boneca de porcelana sem rosto.

— Você me trocou por ela — a menina sussurra, e então o espelho estilhaça, lançando cacos que formam no chão:

"12 ANOS. 12 DIAS. 12 PEDAÇOS."

(Pedrinho completa 12 anos em 12 dias. E a boneca sem rosto? É idêntica à que Lucy carrega agora.)


                       A TRANSFORMAÇÃO DE LUCY (EM CENA!)

Sofia invade o quarto da "amiga" de madrugada, com uma lanterna e uma faca de prata roubada de Seu Geraldo. O que ela encontra:

Lucy sentada na cama, imóvel, com os olhos arregalados e um sorriso de orelha a orelha.

Seu corpo está "descosturado" nos ombros e joelhos, como uma boneca de pano.

E então, a pior parte: Lucy abre a boca e a voz de Pedrinho sai dela:

— Sofia, me ajuda! Tô preso dentro dela!

Quando Sofia avança, Lucy desmonta-se inteira: cabeça rolando, braços se desprendendo... e do torso oco, a boneca de porcelana cai, com o rosto de Pedrinho pintado a sangue.


                             A CONVERSA COM O INIMIGO

Seu Geraldo arrasta Helena até o prédio abandonado. No apartamento do "homem da janela", eles encontram:

O corcunda da loja, agora esfolado vivo, pendurado no teto como um fantoche.

Ricardo (o ex-marido), envelhecido 50 anos em 5 dias, preso em uma gaiola.

E, no centro, uma mesa posta para um "aniversário": 12 velas negras, 12 pratos vazios... e um grande presente de embrulho vermelho.

Dentro da caixa, a boneca de Lúcia abre os olhos e diz:

— Mamãe, você prometeu me dar um irmãozinho. Agora é hora de embalá-lo para mim.

(O presente? É um caixão do tamanho de Pedrinho.)




continua...

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